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terça-feira, 4 de julho de 2017

Dublin, Irlanda

Seu lema é "a breath of fresh air" ("um sopro de ar fresco"), mas bem que poderia envolver a palavra "hospitalidade": em várias ocasiões, a capital da Irlanda foi eleita "a cidade mais amigável da Europa" por diversas revistas e sites especializados em turismo. Com passado viking, construções medievais e uma vocação literária invejável – da cidade saíram três dos quatro prêmios Nobel de literatura do país –, Dublin é moderna e histórica ao mesmo tempo, musical e animada.

Dublin, Irlanda



Dublin, IRL

Escultura

 

Informações sobre o Destino: 

Cultura 





Se apenas uma forma de arte tivesse que resumir Dublin, sem dúvida seria a literatura. Dos quatro ganhadores irlandeses do Prêmio Nobel nessa categoria, três nasceram na capital do país: Samuel Beckett, George Bernard Shaw e William Butler Yeats (a exceção é Seamus Heaney, da Irlanda do Norte). Não por acaso, portanto, a cidade está cheia de atrações que exibem com orgulho a vocação literária. Uma delas é o Dublin Writers Museum, com objetos pessoais, cartas e retratos de diversos escritores consagrados. No Trinity College fica outra relíquia para os amantes das letras: o Book of Kells, que alguns consideram "o livro mais bonito do mundo", um manuscrito ilustrado dos Evangelhos produzido por monges no século IX.

Arqueologia, história natural e artes decorativas são os temas dos três endereços do National Museum of Ireland em Dublin. Na National Gallery, pintores europeus estão representados, entre outros, por Caravaggio, Ticiano e Rembrandt. E na Hugh Lane Gallery, por fim, dá para conferir o estúdio do irlandês Francis Bacon, um dos grandes pintores irlandeses.

Comida





O clima frio pede as receitas substanciosas e quentinhas da cozinha tradicional: cozidos de carneiro com legumes, de bacon com repolho e o dublinense coddle, feito com bacon, linguiça, cebola e batata. Quem gosta de frutos do mar pode se deliciar com ostras (o melhor mês para consumi-las é setembro), vôngoles, mexilhões e lagostins, muito presentes nos cardápios da cidade. No café da manhã típico geralmente aparecem fatias fritas de black pudding, embutido à base de aveia, carne, cevada, gordura e sangue suínos – a versão white deixa o sangue de fora. Para o chá da tarde, peça uma fatia de barmbrack, bolo feito com especiarias e frutas cristalizadas.

Noite





Falou em Irlanda, falou em pub. Ambientes tradicionais e muitas vezes centenários, com balcão de madeira e vitrais coloridos, servem como ponto de encontro para amigos que querem jogar conversa fora enquanto tomam um pint de cerveja. Em alguns endereços, o som ao vivo varia de música irlandesa ou tradicional a jazz ou rock. Só não espere invadir a madrugada: embora um ou outro fique aberto até mais tarde, os pubs, em geral, fecham às 23h no inverno e vão no máximo até 0h30 no verão. Para ouvir outros ritmos, siga para um dos bares de visual mais moderninho ou para baladas.

O que fazer





O que fazer em Dublin? A atração mais visitada de toda a Irlanda não tem nada a ver com monumentos, artes ou belezas naturais: é o museu da cerveja Guinness, instalado no endereço onde a bebida começou a ser produzida, há mais de 250 anos – o prédio é de 1904. Depois de passar por todas as etapas do processo de fabricação e pelas campanhas publicitárias da marca, a visita termina em um bar no sétimo andar, com vista de 360° da cidade.

Na região central, o Dublin Castle, do século XIII, ocupa o lugar que pertenceu a uma fortaleza viking. A visita guiada passa pelos quartos, pela cripta e pela capela real. Atrás do castelo fica o Dubh Linn Gardens, um dos inúmeros parques da cidade – outras áreas verdes concorridas são o St. Stephen’s Green, o Iveagh Gardens, bom para fazer piqueniques, e o Phoenix Park.

Aproveite um passeio ao St. Stephen’s Green para conhecer, também, o Little Museum of Dublin, endereço pitoresco montado com doações dos moradores e destino imperdível para os fãs do U2: no segundo andar, uma exposição conta a história da banda desde o início, em 1976, até hoje.

Transporte





Ônibus e duas linhas de um metrô de superfície ("luas", que significa "velocidade", em gaélico) servem toda a capital irlandesa. Também é possível circular nos trens DART, que passam pelo centro e ainda levam a cidades litorâneas vizinhas, como Bray e Greystones. Quem gosta de pedalar pode aproveitar os 120 quilômetros de ciclovias – um sistema de aluguel permite utilizar as bicicletas disponíveis em várias estações locais por meio de cartões com validade anual ou passes para três dias. Se a intenção é alugar um carro, lembre-se que a Irlanda adota a mão inglesa de direção.

Compras




A área de comércio central vai da O’Connel à Grafton Street. Nessa região, assim como em Temple Bar e em Cow’s Lane, as ruazinhas transversais estão repletas de lojas comandadas por jovens estilistas irlandeses. No lado norte da cidade, passando o rio Liffey, a Capel Street tem diversos brechós. Também vale garimpar lembrancinhas e peças vintage nos diversos mercados de pulgas instalados pela cidade nos fins de semana – um dos mais conhecidos é o Dublin Flea Market, que acontece no último domingo de cada mês.

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