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quarta-feira, 2 de junho de 2021

Países que aceitam o Bitcoin



Muitas pessoas já ouviram falar no bitcoin, mas nem todas sabem que é possível usar as criptomoedas nas viagens internacionais.

Ao se fazer uma viagem ao exterior, um dos itens mais importantes a serem planejados é o dinheiro. Além de comprar as passagens, reservar o hotel e montar o roteiro, é necessário conferir qual é a moeda local. Neste momento, surgem diversas preocupações, como a compra do dinheiro vivo nas casas de câmbio e as taxas e impostos que envolvem o uso do cartão de crédito.

Por isso, muitas pessoas que já conhecem o bitcoin e possuem carteiras digitais de criptomoedas têm dado preferência ao uso dessa moeda digital durante suas viagens internacionais.

O bitcoin tem como base uma tecnologia chamada de blockchain, que permite que as transferências monetárias aconteçam pela internet, a qualquer momento, em qualquer lugar. Desse modo, o bitcoin é uma moeda digital que ultrapassa as barreiras entre os países. Ele não depende de nenhum governo ou banco, já que o objetivo da sua criação foi se tornar uma moeda de troca universal baseada em um sistema descentralizado.

Siga a leitura para entender as vantagens de usar bitcoins no exterior e confira 5 países entre os principais destinos turísticos do mundo que aceitam bitcoins!
Vantagens de usar bitcoins no exterior

Quando você vai fazer uma viagem internacional, você precisa se preparar e comprar a moeda local do país de destino, certo? Para isso, você visita casas de câmbio antes da sua viagem e leva o dinheiro em mãos com você no avião.

Além dos perigos envolvidos em andar com uma grande quantia de dinheiro, também há a questão da variação na cotação das moedas. Muitas pessoas tem o costume de comprar dólares aos poucos para estarem sempre preparadas para futuras viagens. Por outro lado, quem deixa para fazer a conversão em cima da hora pode ser prejudicado com os altos valores da moeda na época da viagem.

Também há a possibilidade de usar o cartão de crédito durante as compras da sua viagem. Porém, você irá pagar o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Além disso, também há o risco da cotação da moeda aumentar antes do fechamento da fatura, o que é mais imprevisível ainda.

Devido a todos esses fatores, o bitcoin se mostra como uma possibilidade de pagamento mais prática, menos burocrática e pouco custosa, além do fato de que sua carteira é digital, o que evita problemas como perdas e roubos, muito comuns para turistas.

Para quem tem parte do seu patrimônio em criptomoedas e deseja evitar algumas dores de cabeça enquanto viaja, basta pesquisar qual a relação do destino da viagem com os bitcoins. Apesar de existirem alguns países em que a criptomoeda foi proibida ou apresenta uso limitado, existem diversos outros lugares em que essa moeda digital tem alta adoção.


Em determinados países, já existem lojas e restaurantes que aceitam o pagamento em criptomoedas. Além disso, nos caixas eletrônicos de bitcoin você pode sacar seu dinheiro convertido na moeda local do país em questão.

Existem caixas eletrônicos de bitcoin espalhados pelo mundo. Para utilizá-los, é necessário depositar um valor em bitcoins, a partir do QR code da sua carteira digital. Desse modo, a máquina devolve a quantia na moeda local. É possível descobrir onde existem esses caixas em sites como o Coin ATM Radar.

Se você fizer um bom planejamento, pesquisando onde encontrar os caixas eletrônicos de bitcoin e inserindo em seu roteiro estabelecimentos que aceitam a moeda digital, você consegue fazer a viagem inteira ou pelo menos uma boa parte dela apenas com seus bitcoins, sem qualquer necessidade de adentrar casas de câmbio antes dos passeios ou pagar altas taxas nas compras com o cartão de crédito.
Países que aceitam bitcoins.

Japão




O Japão é um dos países mais bitcoin-friendly no mundo, além dos japoneses terem sido uns dos primeiros a se interessarem pela criptomoeda. Em Tóquio, até mesmo algumas empresas já pagam o salário dos funcionários em bitcoins.

A moeda digital já é legalizada por completo no país, podendo ser usada livremente. O Japão aprovou uma lei que considera o bitcoin uma forma legal de pagamento, criando um marco regulatório e eliminando impostos.

Inúmeros estabelecimentos ao redor do Japão aceitam a criptomoeda. Em relação ao setor do turismo, a companhia aérea de baixo custo Peach Aviation foi a primeira do país a adotar bitcoins como pagamento para seus voos.

Os famosos hotéis-cápsula japoneses, com quartos individuais compactados, também já aceitam bitcoins em grandes destinos turísticos como Tóquio e Quioto, o que pode ser uma experiência cultural completa.


Estados Unidos




Os Estados Unidos são o país com a maior quantidade de usuários da criptomoeda, além de apresentar o maior volume de negociações em todo o mundo. Com muitos entusiastas, não é à toa que foi lá que aconteceu a primeira compra com bitcoins: em 2010, o programador Laszlo Hanyecz postou em um fórum de criptomoedas um pedido para comprar 2 pizzas.

O evento ficou conhecido como Bitcoin Pizza Day e é relembrado até hoje para destacar o crescimento da valorização da moeda digital. Na época, as pizzas foram compradas por 10.000 bitcoins, o que hoje representavam algumas dezenas de dólares. Hoje, com a cotação atual, são milhões de dólares.

Daquele ano para cá, o bitcoin se popularizou cada vez mais e sua adoção por parte das empresas e dos cidadãos vem crescendo. É possível encontrar diversos estabelecimentos, como lojas e restaurantes, que já aceitam bitcoins como pagamento.

Além disso, os Estados Unidos tem o maior número de caixas eletrônicos de bitcoin, que se conectam a uma carteira de bitcoins ou a uma corretora. Espalhados por todos os estados, Los Angeles é a cidade que apresenta a maior quantidade, com mais de 700 caixas.

Os Estados Unidos tem servido de inspiração para outros países em relação à regulamentação do bitcoin. No país do Vale do Silício, estão também diversas startups relacionadas às criptomoedas. É por todos esses fatores que os Estados Unidos são um dos países mais avançados em relação ao bitcoin, e podemos esperar ainda mais empresas e serviços americanos se adaptando às moedas digitais no futuro.

Holanda




A Holanda é um dos melhores destinos para quem tem moedas digitais, sendo possível usar bitcoins em boa parte das despesas da viagem. Amsterdã foi a primeira cidade da Europa a ter um caixa eletrônico de bitcoin, e lá existe até mesmo a Embaixada do Bitcoin, uma associação sem fins lucrativos que promove eventos e meet-ups para a comunidade de interessados pela criptomoeda.

Por enquanto, o bitcoin ainda não é totalmente regulamentado no país, o que não impediu o clima de entusiasmo em relação às criptomoedas. A capital também apresenta, inclusive, diversas startups nesse ramo.

Em 2014, apenas 5 anos após a criação do bitcoin, a cidade lançou uma iniciativa para que estabelecimentos adotassem o bitcoin, a partir de incentivos do BitPay, uma empresa americana de serviços de pagamentos em bitcoin para comerciantes.

No mesmo ano, outra cidade dos Países Baixos, chamada Arnhem, se tornou a cidade com a concentração mais densa de comércios que aceitam bitcoin no mundo, ultrapassando mais de 100 estabelecimentos. Conhecida como Cidade do Bitcoin, é possível usar a criptomoeda para pagar as compras de supermercado, o gás, a hospedagem, e até mesmo o lanche na rede de fast-food Burger King.

Alemanha


Preparando um roteiro pela Alemanha

Na Alemanha, o Bitcoin já é regulamentado e existem estabelecimentos em que é possível utilizar a criptomoeda.

Ao conhecer a Oktoberfest, o grande festival de cerveja de Munique, ou o Linderhof Palace, um castelo do século XIX da Baviera, você pode aproveitar bares e restaurantes que aceitam o pagamentos em bitcoins.

O país legalizou o bitcoin em 2018, classificando-o como “moeda privada”. Já em 2020, foi aprovada uma lei que permite que bancos vendam e armazenem criptomoedas.

O bairro de Kreuzberg, em Berlim, ficou famoso ao adotar uma economia local toda baseada em bitcoins. O lendário bar e restaurante Room 77, em 2011, vendeu meio litro de cerveja pela moeda digital, quando o bitcoin havia atingido paridade com o dólar. Desde então, o pagamento em criptomoedas foi cada vez mais incentivado, não só neste bar, como em outros negócios locais da região.

Conhecido por ser a primeira loja física a aceitar bitcoins, infelizmente o bar Room 77 fechou este ano devido aos impactos da pandemia.

Kreuzberg é um bairro que reúne ativistas políticos, que, descontentes com o governo e desconfiados em relação às instituições bancárias, viram nas criptomoedas uma boa alternativa. Os moradores do bairro também veem vantagens na rapidez das transferências e em não existir a cobrança de taxas adicionais.

Finlândia



Os países nórdicos estão entre os líderes globais em relação à adoção do bitcoin, sendo a Finlândia o principal deste grupo. Berço da gigante Nokia, o país sempre esteve à frente na inovação tecnológica.

Aqueles que vão ver a aurora boreal podem passar pela capital do país, Helsinki, onde existem pelo menos 10 caixas eletrônicos de bitcoin, uma boa quantidade considerando a população escassa da Finlândia. A moeda também é aceita em alguns estabelecimentos.

O país é conhecido pela história da venda mais cara usando bitcoins. Em 2016, um Tesla Model S no valor de 140 mil euros foi vendido em uma concessionária em Helsinki.

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