Vancouver, Canadá
Não há lista de melhores cidades do mundo para viver em que Vancouver não apareça. Voltada para o Pacífico, recortada por montanhas, cheia de praias e florestas, essa cidade da costa oeste do Canadá é realmente maravilhosa. Lembra o Rio de Janeiro? Sim. Mas suas peculiaridades a tornam um lugar de sonhos: a mistura de sotaques, o toque asiático, a modernidade, a cultura, as comidinhas. Isso tudo em um cenário daqueles: Vancouver faz o viajante querer ser mais saudável, fazer esportes e aproveitar a vida.
Cultura
Dos povos nativos, passando pelos imigrantes ingleses, escoceses e irlandeses, até chegar à diversa população atual (um terço é de chineses), Vancouver é essencialmente multicultural. A herança nativa pode ser vista até ao ar livre, como na Brockton Point, uma península na região leste do Stanley Park. Nela estão expostos nove exemplares de totens – esculturas esculpidas em troncos de madeira, arte milenar das primeiras nações canadenses. Para se aprofundar na história, comece pelo Museu de Antropologia, dentro da Universidade de British Columbia.
Traços da cultura japonesa também podem ser encontrados na cidade, como nas cerejeiras plantadas nos parques ou no ritual do chá do Nitobe Memorial Garden.
Mergulhar nos autênticos hábitos chineses será possível em Chinatown, a maior do Canadá, iniciada no começo do século XIX. O Dr. Sun Yat-Sen Classical Chinese Garden é um bom ponto de partida para explorar essa cidade dentro da cidade – sem esquecer de experimentar um delicioso dim sum nos variados restaurantes, percorrer o autêntico mercado ou, se for época, participar das típicas festas de Ano Novo.
Ainda resta saborear um pouco das tradições indianas, muito presentes em Vancouver (o Punjabi Market é essencial), e acompanhar as atividades do Italian Cultural Centre, outra comunidade forte.
Comida
Com influências de povos tão variados, Vancouver é uma festa gastronômica. Você poderá encontrar tanto restaurantes chineses, japoneses e italianos quanto excelentes mercados de produtos frescos.
Em Granville Island e Lonsdale Quay estão os melhores. Lagostas, caranguejos, queijos, legumes e frutas variados (cerejas, framboesas, blueberries e outras berries há por toda parte) podem ser facilmente embalados para comer em casa. Mercados orgânicos e restaurantes de comida natural combinam também com o modo de vida local.
Noite
Até por sua paixão pelos esportes e estilo de vida ao ar livre durante o dia, Vancouver não é uma cidade tão festeira à noite, mas conta com boas opções para os boêmios e a população de jovens estudantes. Em Gastown, o bairro mais antigo, há uma porção de bares ecléticos, que servem até rodadas de degustação de vinho e cerveja.
Na Granville Street e arredores estão algumas baladas, de ritmos latinos ao eletrônico. Perto dali, encontra-se a Davie Street, o reduto LGBT. Muitas baladas só funcionam até 2h da madrugada, pois em Vancouver existem duras leis sobre o consumo de álcool.
O que fazer
O que fazer em Vancouver? Para começar, programe sua subida à Table Mountain. Pode ser a pé ou de bondinho. O cartão postal oferece uma das mais lindas vistas de Vancouver – e quem sabe, de lá, você decida para onde seguir, como uma das 180 áreas verdes da cidade. O Stanley Park é quase obrigatório, pois se trata de um dos maiores parques urbanos do mundo, com trilhas, praias e bosques. Entre a grande variedade de cedros e pinheiros existe uma hollow tree com mais de 800 anos de idade. Dentro do parque fica também o Aquário, o maior do país.
Cercada de montanhas, rodeada pelo mar e cheia de verde, a cidade tem um cardápio imenso de atividades ao ar livre, como caminhadas, trilhas, bicicleta, esportes aquáticos. Na Capilano Suspension Bridge, uma ponte suspensa a 70 metros de altura, você sentirá adrenalina pura, no meio da floresta e acima de um rio. Quando nevar, as montanhas Grouse, Cypress e Seymour viram estações de esqui. Arte com a melhor curadoria pode ser vista na Vancouver Art Gallery, no coração da cidade.
Transporte
O serviço de transporte público em Vancouver é de excelência. A cidade é dona da mais longa malha de trem leve sobre trilhos suspensos do mundo. Ou seja, o metrô local é predominantemente aéreo, o que permite alcançar todos os limites geográficos.
O mais comum é usar o skytrain, que está justamente na "altura das árvores". Se preferir o transporte aquático, recorra ao seabus, no trecho que vai do sul ao norte da cidade. Já em terra firme, as bicicletas – há muitas delas para alugar –, são o meio de locomoção preferido.
Compras
As grandes grifes estão espalhadas pela conhecida Robson Street. Também na região central fica o conhecido CF Pacific Centre. Mas as lojas mais alternativas você encontra mesmo no comércio popular local. Duas boas opções: o bairro de Chinatown, com inúmeras lojinhas de suvenir, e a Granville Island, sede de vários estabelecimentos de artesanato, galerias de arte e ateliês.
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